Seja bem-vindo a mais um curso do Storify. E o conteúdo que você vai encontrar aqui é um dos mais importantes da nossa plataforma. Isso porque vamos falar sobre personagens. Junto com o “Desejo” e o “Conflito”, os personagens forma a tríade sagrada de qualquer história. Se você não faz ideia do que eu estou falando, pare esse curso agora e assista ao curso “Primeiros Passos”, que é o ponto de partida da plataforma.
Neste curso, vamos falar sobre os tipos específicos de personagens mais comuns da literatura e mostrar como você pode usá-los para melhorar suas histórias ou desenvolver relatos transformadores. Vale lembrar também que, apesar das semelhanças, não estamos falando de arquétipos. Este será o tema para outro curso, que talvez até já esteja disponível, dependendo de quando você está assistindo esse.
Aqui, vamos abordar a estrutura clara de cada personagem e discutir como melhorá-los, como fazê-los mais reais.
Complexo do Anti-herói
Muitas pessoas categorizam os personagens apenas pela função que eles desempenham, como herói, vilão, interesse amoroso… Mas esses são apenas alguns dos aspectos dos personagens. As histórias ficaram mais complexas com o passar dos anos, porque as relações humanas também ficaram complexas.
Tanto que, hoje em dia, vivemos um tipo de “Complexo do Anti-herói”. Alguns autores acham que a única forma de criar personagens profundos é transformando-os em anti-heróis desprezíveis, capazes de fazer o mal com a mesma intensidade que fazem o bem. Mas o fato é que, pra fugir do preto e branco, acabam deixando todos no mesmo tom de cinza e a vida real também não é assim.
Classificação dos Personagens
No geral, há duas maneiras principais de classificar um personagem: por função e por qualidade.
A função é o tipo de papal que ele exerce dentro da história. Essas funções específicas definem como os personagens interagem e afetam uns aos outros. Os tipos com base na função incluem nomes bem conhecidos, como: protagonista, antagonista, figurante, interesse amoroso, coadjuvante…
Algumas funções também podem se misturar ao longo do tempo. O coadjuvante pode se transformar em antagonista, por exemplo. Ou o interesse amoroso pode ser, ao mesmo tempo, antagonista, criando uma tensão interessante.
A segunda forma de classificar um personagem é pela qualidade. Essa forma não se refere ao temperamento do personagem, mas a sua natureza dentro da história. A forma como ele evolui (ou não) dentro da trama, por exemplo. As qualidades mais comuns são: dinâmico (mutante), estático (imutável) e simbólico. Há mais algumas, mas essas são as que importam agora.
E, como na funções, um mesmo personagem pode ser dinâmico e simbólico ou estático e simbólico. Combinar duas qualidades é comum.